PAINEL INTERNET DAS COISAS
No primeiro painel, o sócio gerente da UNION, Engenheiro Waldo Russo, apresentou o tema “Conectividade em IoT – Problemas, Soluções e Para Onde Vamos”.
Na apresentação foi destacado que Internet das Coisas (IoT), genericamente uma rede de objetos físicos – veículos, prédios e dispositivos – que contêm tecnologia empregada para sua automatização, apresenta definições diversificadas e em evolução, várias delas mencionadas e debatidas.
Diversidade também se faz presente nas verticais (setores de serviço) e domínios (Grupos de Aplicações) no ecossistema IoT, que implica em diversidade de dispositivos tipicamente associados a cada serviço/aplicação, bem como dependente dos locais típicos de utilização.
Tais informações (e.g., localização, tipo de dispositivo e aplicações) vão caracterizar os requisitos de conectividade necessários. À primeira vista, isto parece requerer diversas tecnologias, com desempenhos e capacidades específicas, algo completamente inviável do ponto de vista técnico-econômico.
Podemos, então, colocar aqui o primeiro desafio: Será que é mesmo necessário manter tais domínios separados, com soluções individuais específicas, ou devemos tentar definir funcionalidades e tecnologias comuns, que poderiam ser disponibilizadas como solução integrada para áreas, serviços e aplicações diversas?
Uma resposta positiva a esta questão se impõe, pois não faz sentido para nenhum operador ou provedor de conectividade desenvolver uma plataforma para transporte, outra para energia, outra para vigilância, etc.
Ou seja, o que se está buscando agora na academia e nas empresas é uma plataforma única, caracterizada por um conjunto de funcionalidades comuns, que possa servir à diversos domínios de aplicações diferentes.
Mas não é só este tipo de diversidade que tem grande potencias de impacto nas soluções de conectividade de IoT.
Algo bastante importante vem a ser a “softerização” que vem ocorrendo de modo universal no mundo tecnológico.
No caso das Telcos, “softerização” vai interferir nas redes, que será mais um caso de Software do que de switches e sistemas, implicando em forte transformação nas redes das operadoras.
Estamos acostumados a trabalhar no core da rede e a considerar os terminais muito simples.
Mas o mundo mudou e agora existem mais terminais inteligentes capazes de conversar com sensores em diferentes maneiras, através da rede ou diretamente via conectividade de curta distância, através conectividade de curto alcance como de Bluetooth, Zigbee e outras.
O conceito de comunicações está mudando com IoT, existindo uma miríade de maneiras de comunicação entre objetos e serviços.
Além disso, existe o que alguns especialistas denominam “Continuum Virtual”: hoje qualquer objeto físico pode ser representado na nuvem, sendo possível estabelecer algum tipo de conexão entre um objeto físico e sua representação virtual (“digital twin” ou um objeto de software), que pode então prestar algum tipo de serviço. Em suma, surge a habilidade de virtualizar objetos e desenvolver serviços com a versão virtualizada. E com isto, novas necessidades de conectividade, agora associadas à integração dos mundos virtual e físico (Metaverso, espaço coletivo e virtual compartilhado, constituído pela soma de “realidade virtual”, “realidade aumentada” e “Internet”).
Foi apresentado um panorama geral comparativo, abrangendo tecnologias de larga abrangência – Low Power Area Network (LPWAs), Wireless Neighbohood Area Network (WNANs), Wireless Local Área Network (WLANs), Wireless Factory Area Network (WFANs), Wireless Home Area Network (WFANs), Wireless Personal Area Network (WPANs) – e tecnologias de Proximidade (NFC – Near Field Comunication).
As diferentes opções de conexão por satélite também foram discutidas na apresentação, incluindo (HTS – high-throughput satellite), as operadoras nas bandas Ka, Ku e V, as constelações de satélites de baixa órbita (LEO -Low Earth Orbit) e os pequenos satélites (cubsats, nanosats) para IoT.
Clique https://youtu.be/FsVgOWcms2c0 para ver o vídeo da apresentação.
